quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

23:08 - 19/01


É. Acho que esse é um daqueles momentos apropriados para a apresentação. Sou Clara Gomes Rodrigues. Claro que sabem quem eu sou, tem escrito na capa... Se é que vai existir uma capa.
Na verdade, eu nunca tencionei escrever um livro, mas no momento me encontro em um dos momentos que imagino ser o momento mais difícil da minha vida. Muitos momentos, eu sei. Na verdade, passei o dia na frente da TV, depois de ter arduamente tentado dormir depois que meu namorado me acordou as 3:45 pra me despedir deles. Mamãe foi pra Natal, Davi de volta pra Fortaleza e Carlos foi deixá-los lá e presumo eu, resolver alguns percalços. (Ele chegou depois das nove e só ligou uma vez pra casa.) Incluindo o fato de que passei o dia sem internet, com dois cães fofos e insuportáveis, uma secretária da minha idade, casada e com um filho de um ano, assistindo filmes e sem perspectiva de ser salva a tempo, (perdi a linha do raciocínio... voltemos ao inicio da idéia), chorar ao telefone depois de ouvir a voz doce e infantil do meu namorado Davi é a salvação da minha noite. Eu não queria realmente que ele voltasse pra cá pra ficar comigo. NÃO! Mas eu o amo e quero tê-lo perto de mim.  De qualquer maneira, é pedir demais um pouco de “Clara de antes”? Do tipo que “seca” os caras dos filmes e que chora ao lembrar do sonho distante de um príncipe encantado? Fala sério?!!
Há algo de muito errado aqui. Na verdade, muitas coisas. Não estou comparecendo às aulas. Pareço algum tipo de fraca? Acho que sim. Talvez não para os outros, não para os que não me conhecem. Mas para os que me conhecem sim, sei que sou. No fundo, no fundo. Sabem que sou. E sabem que nunca tentei desfazer uma imagem tão ruim. O que ganhei com isso? Eu digo o que ganhei com isso. Fraqueza.

Em alguns momentos eu me senti sozinha, mas foi aí que o maoir número de pessoas me rodiou.  Alguém é Inga. É ela. E eu me sinto péssima. Liguei, mas eu não sabia que ela tinha feito uma cirurgia, então, não pode falar. Foi o bastante, falei o que queria. Que a amava.
Estava pronta pra tudo então. Fui dormir. Obrigada prima.

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Isso não é exatamente como e quando as coisas aconteceram. Mas minha mente tá uma bagunça e se eu fosse tentar ordená-la agora, a aspirina não terá adiantado de nada. Apenas leiam. Ou não.