Água pra matar a sede
E pra lavar a alma.
Água pra matar a alma
E pra alimentar a sede.
Água pra elevar a calma
Perder a cabeça, esquecer as causas.
Morte pra lembrar o que um dia foi,
O que nunca veio, apostar no depois.
Mãos que procuro no tato,
à noite do toque: nunca mais...
À silhueta da tua boca calo,
Já fiz o que faria: agora tanto faz.
Seguro dor no peito,
Dor do peito não vou aguentar!
"Existem mais coisas entre
o céu e a Terra, Horácio,
do que nossa vã filosofia
possa imaginar."
Mãos, bocas, mentiras, dor.
Toque, beijo: "Eu te amo, eu te amo..."
Descobri o segundo segredo segredo que é:
"Nos dias de hoje, o segredo do
amor é não amar."
Então, amando como estava
Recitei-o para quem achei
que merecesse escutar.
Engano, pois recitei-o para mim mesma...
Engano, tarde demais, já estava a amar...
Descobri também que ele
é veneno doce: quanto mais tomo,
mais morro de tanto o querer!
De qualquer forma, qual forma,
em qual tempo de que verbo devo usar?
Tenho apenas usado o Amor...
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Que tal o pecado?
Para a alma lavar, matar...
By Clr Gomes.:
